Racialidade, Branquitude e Branqueamento no Cinema Brasileiro Contemporâneo: Que Horas Ela Volta?, Aquarius e O Crime da Gávea
Abstract
Neste trabalho pretendemos abordar de forma crítica a operatividade das representações de raça e branquitude em relação a alguns filmes brasileiros lançados nos últimos anos, a dizer, Que Horas Ela Volta? (Muylaert, 2015), Aquarius (Mendonça Filho, 2016), e O Crime da Gávea (Warwar, 2017). A branquitude permeia as mídias televisivas, cinematográficas e publicitárias, reproduzindo estereótipos e fortalecendo imagens que a reforçam como medida de ascensão social e padrão de imparcialidade nas questões raciais. Podemos definir a branquitude como a categoria eminentemente racial de poder, titularidade e prestígio que precisa ser assegurada, e que, estrategicamente e por definição, deve elidir o seu status enquanto categoria racial superordenada que se esforça de hierarquizar, posicionar e governar todas as outras categorias raciais (Pugliese e Messina, 2017: 1). 1 Em seus espaços geopolíticos, a branquitude segrega-se dos sujeitos que lhe são alheios, logo aqueles subalternos, pondo-os, e de maneira oposta pondo-se, em uma situação substancial de (in)visibilidade. Esta (in)visibilidade implica, ao mesmo tempo, visibilização e invisibilização, dependendo do contexto e da necessidade específica.
Fichier principal
Messina et al. (2019) RACIALIDADE, BRANQUITUDE E BRANQUEAMENTO NO.pdf (1.34 Mo)
Télécharger le fichier
Origin | Explicit agreement for this submission |
---|
Loading...